Retratos Contemporâneos
Retratos Contemporâneos. Cabeças de cera encaixotadas. Frágeis. Amarradas com arame queimado, enferrujado, quase farpado. Cabeças apertadas em seus cubículos – estranhos vizinhos de mais um novo e frágil edifício construído no lugar de uma antiga e sólida casa. Moradores de gavetas – donos de um olhar fixo no longe, esperando o nada. A noite é longa... O sol quando nascer com certeza vai derreter a cera [que vai pingar, pingar, pingar], contando como um segundeiro todo o tempo que passou. Vão ficar as caixas vazias, cheias do tão cultuado espaço (...) Talvez apareçam abelhas para construir uma nova cidade...
6 Comments:
vai que quando eles derreterem eles começem a "viver juntos"?
virem um gosma contemporânea!
Gostei muito das imagens e do texto também. Vi ali o espaço cada vez mais precarizado e, por incrível que isso possa parecer, pomposo e excludente - como se ele fosse coisa rara, antes de ser, na verdade, aquilo que há de mais fundamental. E o tempo? Ah, o tempo...
Salvemo-nos, os "moradores de colméias", enquanto os próximos proprietários não chegam.
ba, que do caralho. vou dar uma passada no teu atelier qqer dia desses. abco. sebastiao
Grande Antônio Augusto! Teu trabalho tá cada vez mais legal. Sentimos a tua falta na Dois Pontos. Abraço.
Lindo texto, condizente com as imagens.
Antônio
As imagens são lindas e o texto bastante sensível como tudo que você faz. Por isso não posso abrir mão do meu texto.
Ana
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